Juntos, podemos descarbonizar a mineração.
A sustentabilidade é um tema fundamental pois garante a viabilidade e o desempenho de uma empresa a longo prazo. O HyEx é um dos nossos principais projetos com foco em soluções de desmonte mais ecológicas. Para entendê-lo melhor, conversamos com Pablo Wallach, nosso VP of Innovation & Marketing.
Como esse projeto começou?
Há muitos anos, a Enaex tem buscado reduzir a sua pegada de carbono. E nossos esforços nos levaram a estar entre as melhores indústrias químicas do mundo de acordo com o Dow Jones Sustainability Index de 2022: ficamos entre as empresas 10% mais bem ranqueadas. Mas queremos fazer ainda mais.
A amônia é a nossa principal matéria-prima, usada para produzir o nitrato de amônio que exportamos e que usamos para nossas soluções de desmonte.
Hoje, a amônia que importamos representa cerca de 90% da pegada total de carbono do processo produtivo. Por isso, se queremos reduzir significativamente a pegada de carbono da nossa produção, precisamos focar na amônia.
O que é o projeto HyEx?
Atualmente, a amônia é produzida a partir do gás que resulta de um processo chamado de reforma a vapor do metano – em larga escala, a maneira mais comum de produzir amônia hoje.
Mas há outra forma de produzir hidrogênio: dividindo a água em oxigênio e hidrogênio, usando eletricidade, em um processo chamado de eletrólise. Quando esse processo utiliza eletricidade verde, será obtido hidrogênio verde. Esse processo não é novo, mas requer muita energia e, devido à redução dos custos da energia renovável, a implantação desse processo deve ser viável nos próximos anos.
Além disso, a região norte do Chile é reconhecida como um dos melhores lugares do mundo para produzir amônia verde no futuro, devido à excelente radiação solar que temos no Deserto do Atacama.
O HyEx é um projeto que visa substituir as atuais importações de amônia cinza por uma amônia verde produzida localmente, no Chile, com o uso de energias renováveis.
Quais são os benefícios do projeto para a companhia e nossos clientes?
Esse novo processo contribuirá drasticamente para a descarbonização do nosso processo de produção, permitindo que a indústria da mineração tenha um processo de detonação mais verde, reduzindo as pegadas de carbono de seus produtos.
Nós iremos parar a importação de gás e criaremos uma nova indústria para o Chile, baseada em energia renovável, gerando um impacto positivo para o meio ambiente e a sociedade.
Ao final do projeto, poderemos reduzir cerca de 1MM de tonelada equivalente de CO2 por ano, equivalente à pegada de 300 mil carros ou 369 caminhões de mineração.
Quais são os prazos para isso vai acontecer?
Segundo os especialistas, isso deve ser viável até o final da década, mas não queremos esperar tanto, então dividimos o processo em duas etapas:
Fase 1, para 2025:
Estamos nos esforçando ao máximo para dar um primeiro passo importante: produzir 18.000 toneladas métricas de amônia verde a partir do hidrogênio verde produzido pelo nosso parceiro ENGIE em uma usina de eletrólise de 26 MW.
Fase 2, para 2030:
Planejamos produzir cerca de 700.000 toneladas métricas de amônia verde provenientes de um plano de eletrólise de 2.800 MW, para abastecer nossa fábrica e permitir a exportação de energia verde para o restante do mundo.
